Festa do Boi chega à 63ª edição com expectativa de R$ 85 mi em negócios
A 63ª edição da Festa do Boi foi lançada em café da manhã realizado no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, com a presença de autoridades e entidades ligadas ao setor agropecuário na última sexta-feira (26). O evento marcou o início da programação oficial da feira, que este ano deve movimentar cerca de R$ 85 milhões em negócios, R$ 5 milhões a mais do que o volume previsto na edição do ano passado. A festa ocorre entre os dias 10 e 18 de outubro, quando o parque se tornará o principal espaço de negociações, crédito e exposição agropecuária do Rio Grande do Norte.
A cerimônia trouxe como destaques o anúncio da tão aguardada assinatura da cessão do Parque pelo Governo do RN, a ampliação dos leilões, a criação dos shoppings de animais e a confirmação da presença de bancos com linhas especiais de crédito. Além dos números da economia, a edição deste ano também foi reforçada como um ambiente familiar voltado ao lazer, à cultura e à valorização da produção potiguar, com atrações artísticas locais e reforço na segurança para os visitantes.
O presidente da Associação Norte-Rio-grandense de Criadores (Anorc), Matheus França, ressaltou que a feira mantém a tradição de inovar a cada edição. “A cada ano que passa, a gente procura trazer alguma inovação para a Festa do Boi. Este ano, seguimos com o projeto de modernização das estruturas do parque. Quem vier vai perceber algumas mudanças na parte estrutural, além de pavilhões mais modernos que serão montados pelos expositores”, afirmou.
No lançamento, autoridades do setor ressaltaram o peso econômico do evento. O secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Sape-RN), Guilherme Saldanha, classificou a feira como a maior do Nordeste e uma das principais do Brasil. “A expectativa é muito grande e muito boa. É uma exposição que é uma das maiores do Brasil e, sem sombra de dúvida, a maior do Nordeste”, avaliou. Entre os destaques no avanço do setor, ele relata o salto da pecuária de leite que em oito anos era de 400 mil litros por dia e hoje alcança um milhão de litros.
O secretário ressaltou as dificuldades causadas pela quadra chuvosa abaixo da média e disse que medidas emergenciais estão em andamento, como a distribuição de feno subsidiado, projetos de palma forrageira e quase 800 km de adutoras. Ele citou ainda o Ramal do Apodi, da transposição do São Francisco, previsto para operar até meados do próximo ano. Apesar das perdas de produtivas em algumas propriedades, o secretário afirmou que a produção de leite se manteve estável graças à adaptação dos produtores às políticas de convivência com a seca.
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Fonte: Tribuna do Norte