sábado, outubro 25, 2025
Rio Grande do Norte

Censo identifica 88 etnias e 33 línguas indígenas no RN

Foto: Caíque Rodrigues/g1 RR/Divulgação

O Censo Demográfico de 2022 identificou 88 etnias e 33 línguas indígenas no Rio Grande do Norte. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considerou um “aumento expressivo” em relação às 57 etnias registradas no estado no Censo de 2010.

Segundo o IBGE, 8.396 pessoas no Rio Grande do Norte declararam pertencer a alguma etnia indígena.

Os dados apontaram ainda que outras 1.854 pessoas consultadas não declararam etnia, “refletindo o desafio da autodeclaração e da preservação identitária entre grupos tradicionais”, segundo o IBGE.

Para a pesquisa, etnia indígena é uma comunidade humana identificada por afinidades linguísticas, culturais e sociais.

A etnia Potiguara foi a mais citada no estado, reunindo 5.511 pessoas, o que representa cerca de dois terços de todas as autodeclarações indígenas no RN.

O estado é o segundo do país com maior número de potiguaras, ficando atrás apenas da Paraíba, onde 23.689 pessoas se identificaram com essa etnia.

Além dos Potiguara, outras etnias com mais de 100 pessoas autodeclaradas foram:

Tapuia-Tarairiús (1.057 pessoas)
Jenipapo-Kanindé/Paiaku (201)
Caboclos do Assu (159)
Guarani (157)
Tapuia (142)
Tupinambá (124)
Outras etnias das Américas (102)

Entre aqueles que não declararam ou não souberam informar sua etnia, 1.283 pessoas afirmaram “não saber”, 246 tiveram a etnia “não determinada”, 1.834 deixaram em branco (“sem declaração”) e 343 apresentaram respostas classificadas como “mal definidas”.

Para a superintendente do IBGE/RN, Fabiana Fábrega de Oliveira, os resultados do Censo 2022 apontam para um avanço no reconhecimento da identidade indígena potiguar.

“Ao revelar a pluralidade étnico-linguística existente no estado damos maior visibilidade às diferentes comunidades. O aumento no número de etnias e de línguas declaradas sugere um processo de reafirmação cultural, impulsionado tanto por políticas públicas de valorização dos povos originários quanto pelo fortalecimento das próprias organizações indígenas locais”, comentou.

g1 RN

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