quinta-feira, dezembro 25, 2025
Rio Grande do Norte

Industriais vão à Justiça para retirar invasores de terreno

Foto: Alex Régis/Reprodução

A Associação do Distrito Industrial de São Gonçalo do Amarante deverá acionar a Justiça contra a invasão de um terreno localizado na região. De acordo com Edilson Moura Pereira, dono de uma fábrica na localidade, a intenção é articular a Associação, por meio da escolha de uma nova presidência, para a adoção da medida. Segundo ele, o receio é de que haja problemas com os invasores por causa da logística de trabalho da fábrica, que fica ao lado da terra invadida. “Aqui nós emitimos muita poeira e, como fazemos hora extra até tarde, eles podem reclamar do alto barulho”, comenta o industrial.

“A gente trabalha com uma máquina de alta pressão que joga areia no ferro para tirar a ferrugem. Isso causa muita poeira, que irá toda para essa moradias. Não é o ideal que isso aconteça”, completa o industrial. Segundo Edilson, em função dos riscos e da possibilidade de problemas, a ideia é articular a Associação que representa as fábricas na região para acionar a Justiça contra a invasão. “O presidente da Associação fechou a fábrica que funcionava aqui. Então, estou em contato com ele para elegermos uma nova presidência e para, assim, acionar a Justiça”, detalha.

Edilson disse que já tentou contato junto à Prefeitura de São Gonçalo do Amarante para que fossem adotadas providências em relação à questão, mas, até o momento, não recebeu nenhum retorno. “A Prefeitura só orientou que as pessoas mantivessem uma distância de 20 metros do muro [da fábrica dele] e nada mais”, conta. “Por isso, nós estamos querendo resolver as coisas de forma legal, junto à Justiça”, afirmou Edilson.

Na último dia 26, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante chegou a confirmar a invasão e afirmou que a área trata-se de uma propriedade privada. “O grupo se encontra numa área privada. A Secretaria de Defesa Social do Município esteve no local e verificou que eles desmataram a vegetação do terreno e jogaram os entulhos na via pública. A Prefeitura vai desobstruir a estrada, mas como se trata de uma área privada, não vai entrar nesta seara”, informou o secretário municipal de comunicação e eventos, Márcio Cezar.

A assessoria informou também que não havia nenhum tipo de autorização, por parte da Prefeitura, para a instalação de moradias no local. Procurado novamente na sexta-feira (2), Cezar orientou à reportagem que verificasse a questão junto ao secretário de Urbanismo do Município, que não respondeu aos contatos feitos. A TRIBUNA foi ao local invadido na última sexta. Até então, apenas demarcações de lotes haviam sido feitas.

Fonte: Tribuna do Norte

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