No RN, índice de gravidez na adolescência cai 41% em 10 anos

O número de casos de gravidez em crianças e adolescentes, na faixa etária de 10 a 19 anos, está continuamente em queda no Rio Grande do Norte. Em 2021, 5.749 casos foram registrados, uma redução de 41,92% quando comparado a uma década atrás (9.899 casos em 2011). Mesmo assim, os índices ainda preocupam profissionais da saúde pelos riscos que apresentam às jovens e seus bebês. Os dados são da Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap). Alice, nome fictício, tem 17 anos e estava prestes a dar à luz ao seu filho na Maternidade Escola Januário Cicco quando conversou com reportagem. A jovem não planejou a gravidez e abandonou os estudos.
Com 37 semanas de gestação, Alice estava acompanhada pela mãe e contou que seu parto estava marcado para o dia seguinte. A gravidez da jovem não foi planejada e ela nem acreditava que podia ter filhos. “Foi uma surpresa, tenho um cisto no útero e o médico com quem me consultei na época disse que eu não podia mais engravidar. Moro junto com meu esposo e não usamos nada para evitar”.
Em outubro do ano passado, Alice começou a sentir enjoos e decidiu fazer um exame de farmácia. Sem acreditar no resultado positivo, confirmou o resultado com exame de sangue. “Assim que descobri, contei para a minha mãe e marido e eles ficaram felizes. Minha gravidez foi boa, graças a Deus, só a pressão que ficou muito alta. Senti muitas dores e não conhecia muito bem meu corpo mas estou muito ansiosa para ver o rosto do meu filho. O pai está no Rio Grande do Sul, arranjou um emprego por lá e vamos nos mudar”.
A adolescente é sexualmente ativa desde os 15 anos. Natalense, mudou com seu companheiro para Brejinho, a uma hora de distância da capital, com quem já estabeleceu uma união estável. Alice cursou até o nono ano do Ensino Fundamental II e não tem planos para retornar aos estudos. Antes mesmo de engravidar, já tinha abandonado a escola. “Eu estudava, mas depois que aconteceu tudo isso, encontrei a pessoa certa que disse que ia me ajudar em tudo e fui para o interior”, relata.
Fonte: Tribuna do Norte
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