sexta-feira, novembro 14, 2025
Rio Grande do Norte

EAJ/UFRN e Quilombo Capoeiras levam saberes e fazeres tradicionais para o debate global

Professor do Curso de Gastronomia da EAJ/UFRN, Tarcísio Gonçalves, e diretora social da Associação Quilombola dos Moradores de Capoeiras, Liliane Moura Barbosa – Foto: Joane Rocha/EAJ

A Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e a Associação Quilombola dos Moradores de Capoeiras, localizada em Macaíba, terão representação na COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontece em Belém, no Pará.

A participação é fruto da aprovação da Propositura Institucional Receitas Ancestrais Saberes e Fazeres de Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil. A proposta foi apresentada pela Secretaria de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais (Seteq), sob a gerência da Coordenação de Articulação para o Etnodesenvolvimento Quilombola e de Povos e Comunidades Tradicionais (Carti), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Entre os participantes convidados para a ação estão o professor do curso de Gastronomia da EAJ/UFRN, Tarcísio Gonçalves, e a diretora social da Associação Quilombola dos Moradores de Capoeiras, Liliane Moura Barbosa, representando o maior quilombo do Rio Grande do Norte.

Com a prospecção de 300 participantes, a atividade tem como objetivo central compartilhar os saberes e fazeres dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT) de diversas regiões do Brasil. A ação promoverá o diálogo e o compartilhamento de experiências para impulsionar a agricultura sustentável e a segurança alimentar diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

O professor Tarcísio destaca que produtos regionais contribuem para a sustentabilidade. “Além de frescos, saborosos e nutritivos, os ingredientes regionais, com o uso baseado em ciclos naturais de produção, evitam a alta utilização de defensivos e fertilizantes artificiais, reduzindo a pegada de carbono e valorizando a agrobiodiversidade local”, explica. Ele acrescenta, ainda, que o uso de alimentos regionais no contexto quilombola pode reforçar a identidade culinária ancestral, favorecer a economia de base comunitária e incentivar o empreendedorismo gastronômico local.

Liliane Moura ressalta a importância de participar de um debate global: “É uma oportunidade para que as comunidades quilombolas compartilhem seus saberes e também mostrem como são diretamente afetadas pelas transformações do clima”, conta.

Por Raiane Miranda e Juliana Holanda – LabCAm – Agecom/UFRN

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