sexta-feira, maio 16, 2025
Rio Grande do NorteSaúde

Hospital Walfredo Gurgel passa a ter porta regulada no RN; entenda

Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Maior hospital da rede pública de saúde do Rio Grande do Norte, o Hospital Walfredo Gurgel passa a funcionar com entrada de pacientes regulados a partir desta quarta-feira (15), segundo anunciou a Secretaria Estadual de Saúde.

Isso significa que a unidade irá receber os pacientes que forem cadastrados anteriormente em uma central de regulação, que vai distribuí-los de acordo com a gravidade e prioridade de atendimento. A unidade é voltada para pacientes clínicos graves e pessoas politraumatizadas, além de vítimas de arma de fogo e arma branca.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a medida visa permitir que a unidade de urgência receba o seu perfil de atendimentos.

A primeira etapa envolve a Região Metropolitana de Natal, que engloba 70% dos atendimentos do hospital. Segundo a Sesap, a região gera um grande número de atendimentos de casos de menor gravidade e sem regulação, que representam cerca de 50% dos pacientes recebidos na unidade, enviados pelas Unidades de Pronto-Atendimento e Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Ainda segundo a Sesap, essa demanda provoca as superlotações do hospital, sobrecarrega os trabalhadores da unidade e inviabiliza qualquer planejamento estratégico.

Com isso, os pacientes devem procurar inicialmente os serviços de porta de entrada do sistema, como as unidades básicas de saúde e as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

A situação preocupa o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde. Segundo a presidente do conselho, Maria Eliza Soares, embora os secretários reconheçam a necessidade de regulação, consideram que falta estrutura nos hospitais regionais e na rede como um todo para suprir o atendimento aos pacientes.

“A pergunta é: para onde essas pessoas vão? As outras unidades estão organizadas? Não basta fazer um desenho se não houver nas outras unidades uma verdadeira condição de atendê-las. A gente resolve parte do problema, mas cria outro grande problema”, afirmou.

A secretária-adjunta de Saúde Pública, Lyane Ramalho, argumentou que o processo vai começar pela região metropolitana justamente porque é a região que já está mais preparada para essa mudança.

“É uma preocupação que os municípios têm e não deixa de ser legítima, porque essa regulação vem sendo tentada há alguns anos. Mas as portas das unidades dos regionais e dos municípios vem sendo qualificadas desde o início da gestão e da pandemia. Gradativamente, com a preparação dos municípios, vamos ampliar essa regulação”, afirmou.

A diretora da unidade, Fátima Pereira, afirmou que o hospital não vai deixar de atender pessoas que chegarem à unidade em busca de atendimento, mas o paciente será avaliado e, se a equipe médica considerar que ele não se encaixa no perfil de atendimento, será encaminhado a outra unidade.

g1 RN

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